A doença renal crônica em crianças é relativamente rara, porém quando
ocorre, traz consequências devastadoras para as crianças acometidas e o
tratamento dessa condição de alta complexidade é difícil, caro e trabalhoso.
Particularmente em crianças, a DRC está associada a consequências graves
para o crescimento o desenvolvimento dos pacientes e representa redução
significativa na esperança de vida ao nascer.
O diagnóstico precoce da DRC é um objetivo mundial como estratégia
de prevenção secundária dessa condição buscando o diagnóstico, e o
tratamento precoces de crianças com DRC. Existem evidências científicas de
que a progressão da doença renal pode ser retardada, desde que o diagnóstico
seja feito a tempo de permitir a adoção de medidas terapêuticas apropriadas.
Essa ação, se adotada plenamente em nosso meio, poderia lograr redução nas
consequências da DRC nas crianças, adolescentes e mesmo em adultos.
Em nosso País há diferenças regionais importantes na incidência e
prevalência da DRC, com maior frequência da doença nas regiões Sul e
Sudeste, em detrimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, o
diagnóstico na maioria das vezes é tardio e incompleto. A situação clinicamente
mais frequente é o estabelecimento do diagnóstico da DRC já em sua fase
terminal, fazendo com que os benefícios potenciais do diagnóstico mais
precoce sejam pouco aproveitados.
O Dia Mundial do Rim de 2016 centrou-se na doença renal na infância e
os antecedentes da doença renal do adulto, que podem começar na infância. A
doença renal crônica (DRC) na infância é diferente dos adultos, sendo as
anomalias congênitas e as doenças hereditárias os diagnósticos mais
frequentes. Além disso, muitas crianças com lesão renal aguda acabarão por
desenvolver sequelas que podem levar à hipertensão e doença renal crônica
na infância ou mais tarde na vida adulta.
8 Dicas de ouro para reduzir o risco de desenvolver Doença Renal
Crônica (DRC) ou evitar que a doença se agrave:
1. Mantenha-se em forma e pratique atividade física regularmente.
2. Controle o nível de açúcar no sangue (glicemia) para evitar o diabetes.
3. Monitore sua pressão arterial.
4. Mantenha sua alimentação saudável e evite o sobrepeso.
5. Mantenha-se hidratado, tomando líquidos não alcóolicos.
6. Não fume.
7. Não tome remédios sem orientação médica.
8. Consulte um médico regularmente para verificar a situação dos seus
rins.
Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia – SBN